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Hoje é um dia especial para um dos maiores amores da minha vida, a minha (bela) tia Bela. Decidi, dada a ocasião, escrever um texto para expressar todo o amor e gratidão que lhe tenho.
Eu nasci em 1996 e ela já havia traçado uma vida em que se tornou bem sucedida sem precisar de ninguém. Acho que a ela devo a minha igual independência e ambição, porque cresci a idolatrá-la por mil e um motivos, mas principalmente por essas qualidades.
Cresci mas as minhas memórias de infância não são as de uma família funcional, com um pai e uma mãe presentes e um ambiente familiar prazeroso mas sim de uns fins de semana incríveis passados atrás da minha tia solteira que eu tanto gostava, seja a passear a nossa falecida cadela que também tanto adorávamos ou em idas ao cinema ou a casas de amigas, além de tantos outros programas em conjunto.
Quando o meu pai decidiu abandonar-nos, foi ela que de alguma forma o substituiu. Nada que já não fizesse antes, mas depois disso de uma maneira muito mais constante. Se eu algum dia achei que iria ser menos feliz por crescer sem um pai, a minha tia esteve todos os dias presente para me dar a certeza que eu fui ainda mais feliz do que outros com famílias ditas "normais" por ter uma tia bem melhor que tantos e tantos pais.
Como já referi, a minha tia é o meu exemplo de independência e ambição. Mas também é exemplo de boa disposição, solidariedade e dedicação.
Ela não teve a possibilidade que à posteriori me deu a mim, de estudar e de se enculturar no tempo certo. Teve que começar a trabalhar cedo para ajudar a família e mesmo assim conseguiu, passo a passo e com muito suor à mistura, tornar-se a empresária de sucesso que é hoje. Ela nunca desistiu e é um exemplo de perseverança e de como o esforço, trabalho e a dedicação nos conseguem levar longe.
Raramente está triste. Passa a vida alegre e gosta de contagiar os outros com a sua vivacidade. Não pensem que estou a fazer dela perfeita, porque de vez enquando irrita-se, berra e também diz coisas menos boas. Mas passado uns dias (às vezes umas horas) já lhe passam os 5 minutos e volta à sua versão alegre e bondosa.
Tão bondosa que não consegue não ajudar não só os que lhe são mais próximos como também os que não são sempre que precisam. Costumo dizer que o karma funciona e que recebemos tudo aquilo que damos aos outros, seja matéria ou energia. E a minha tia acaba por provar que ser boa para os outros compensa e bem, porque ela própria, por ajudar tanto os outros, tem uma boa vida e é uma pessoa feliz.
A minha tia esteve sempre comigo, nos bons e nos maus momentos. Soube apoiar-me sempre e mesmo quando não concordava com as minhas decisões, deixou-me trilhar o meu caminho. Soube aconselhar-me sempre mas deixando-me escolher. Soube estar presente e fazer-me sentir que estava sempre lá mesmo quando tantos km nos separavam.
A minha tia não me deixa passar muito tempo seguido em Coimbra sem aparecer lá com a merenda e mil coisas adicionais para eu me sentir bem. Está sempre em cima de mais mil coisas para além das minhas mercearias e não deixa que me falte nada, de maneira nenhuma.
Tenho a certeza que a minha vida hoje seria muito diferente sem ela, não só por tudo o que me dá, material ou imaterial mas principalmente por tudo o que me ensinou.
Parabéns Belinha, espero que sejas sempre feliz e saudável e que acima de tudo te mantenhas comigo (e com qualidade de vida!) por muitos e muitos anos!
Não o digo todos os dias mas amo-te muito e estou sempre aqui para o que der e vier e para tentar fazer-te sentir tanto orgulho em mim como eu sinto por ti.