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Triiiiiiim!
(São oito os pecados que te acordam de verdade:)
Quem te acorda é o ego,
Quer ver quem te contactou,
Quem comentou, quem apreciou.
Ainda mal abriste os olhos,
E já está o maldito a timonar.
Quem te acorda é a vaidade,
Vestes a mais bela vestimenta,
Pós e pós, o perfume cheira a menta.
Nem te recordas que a melhor beleza,
É a que os sentidos não conseguem captar.
Quem te acorda é a avareza,
Burro velho, sovino morrerá,
Sem condescendência de alvará.
E se não percebes o valor do imaterial,
Cairás na ruina de mãos dadas com a solidão.
Quem te acorda é a gula,
Depois de horas sem comer,
Mas o espelho já nem pensas ver.
Achas que a intolerância não vai deixar,
E o glúten-free está a acabar.
Quem te acorda é a luxúria,
Já que queres pouco além do prazer,
Da carne, do suor dos corpos e do poder.
Nem perscrutas um amor para a vida,
Que não passa por uma vida de amores.
Quem te acorda é a ira,
E com o sol a bater,
Só queres dormir e esquecer,
O desperta(a)dor de horror,
Sem leveza ou meiguisse.
Quem te acorda é a inveja,
De todos os que têm mais,
Por lutarem mais.
Não achas justo teres menos,
Arre, que azar (ou falta de empenho e vontade).
(Desliga o despertador.)
Quem te deita é a preguiça,
A preguiça de querer,
Sem pecar,
Ser melhor (do que eras ontem e não serás amanhã).
- Vai-te embora ego, estou melhor a sós!